A comunicação é uma habilidade clínica parte 1
As habilidades de comunicação descritas a seguir são essenciais para o desenvolvimento de uma relação de colaboração...
Número da edição 1 Comunicação
Publicado 28/01/2021
Disponível em Français , Deutsch , Italiano , Polski , Română , Español e English
Muitas vezes, a primeira recomendação de uma clínica vem de algum parente próximo, de amigos ou da Internet. Supondo que exista profissionalismo do médico-veterinário, a probabilidade de um cliente retornar à clínica depois de sua primeira consulta e recomendá-la a outros pode depender em grande parte das habilidades de comunicação da equipe.
A qualidade da pergunta determina a qualidade da resposta.
É importante fazer perguntas e ouvir atentamente até que todos os fatos estejam claros como cristal.
Tipo de perguntas e exemplos |
Adequadas para... |
Não adequadas para... |
Perguntas abertas: As assim-chamadas "perguntas do tipo por quê" começam com o quê, qual e como:
• O que o traz aqui hoje? • O que exatamente você notou em seu cão? • Como você o alimenta? • Qual é a sua opinião sobre isso...? • Que outras perguntas você tem?
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• Descobrir as necessidades do cliente e obter informações sobre os sinais clínicos • Buscar mais detalhes para esclarecer os sintomas • Indagar sobre os pontos de vista e as opiniões • Obter feedback |
• Promover a tomada de decisões • Quando há pouco tempo disponível, uma vez que as respostas são muito mais longas do que as de perguntas fechadas |
Perguntas fechadas: perguntas cuja resposta é sim ou não.
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Perguntas alternativas: perguntas que oferecem à outra parte do diálogo duas respostas possíveis:
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• Pedir opiniões • Solicitar informações |
A arte do diálogo consiste em fazer a pergunta certa no momento certo para obter informações sobre o motivo da consulta, bem como sobre os anseios e as necessidades do cliente, sem parecer um interrogatório. O diálogo descrito mais adiante é um exemplo de como implementar as técnicas de formulação de perguntas e como realizar a escuta ativa.
Nota: a qualidade da pergunta determina a qualidade da resposta!
Nesse diálogo, o médico-veterinário deliberadamente faz perguntas abertas até ter certeza de que possui todas as informações necessárias para oferecer uma solução adaptada às necessidades do cliente e à situação atual do caso clínico. Além disso, ele escuta atentamente o que a sra. Schmidt diz e formula mais perguntas abertas para obter mais detalhes e esclarecer o que exatamente ela quis dizer com “inquieto” ao se referir a Lucky. Isso é de extrema importância, porque por trás dos sinais descritos inicialmente pela sra. Schmidt poderia haver um problema cardíaco ou interno. Através das perguntas abertas, da escuta ativa e do feedback (“Qual a sua opinião sobre isso?”; “Está bom para você, sra. Schmidt?”), o diálogo toma um rumo tranquilo, claro, aberto e satisfatório para ambas as partes (Figura 3).
Nota: é importante fazer perguntas abertas e escutar ativamente o cliente até que tudo esteja esclarecido.
Miguel Ángel Díaz
Miguel received a degree in Veterinary Science in 1990. After working at several clinics he opened his own clinic in 1992 Leia mais
Iván López Vásquez
Iván comes from a family of veterinarians; his father and older brother share the same passion. He obtained his degree from the Universidad de Concepción Leia mais
Cindy Adams
Cindy Adams é professora do Departamento de Ciências Clínicas e Diagnósticas Veterinárias na Faculdade de Medicina Veterinária da University of Calgary, onde ela desenvolveu e implementou o Clinical Communication Program (Programa de Comunicação Clínica) da nova Faculdade de Medicina Veterinária de Calgary. Leia mais
Antje Blättner
A Dra. Blättner estudou em Berlim e Munique e, depois de se formar em 1988, ela montou e administrou sua própria clínica de pequenos animais. Leia mais
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